COMUNICADO
do Secretariado da Casa Imperial do Brasil
O País atravessa uma grave crise política, econômica e, sobretudo, moral, a qual se precipitou nas últimas semanas com implicações e desdobramentos ainda difíceis de prever.
Tal crise, além de acarretar um grande desprestígio às instituições, é, a uma vez, causadora e consequência de um grave descontentamento que se alastrou, de norte a sul, por toda a sociedade brasileira.
A esquerda, em seu afã de consolidar um projeto de poder, cada vez mais coletivista e autoritário, incrustou-se em todos os escaninhos do Estado e o aparelhou de modo implacável, sugando-lhe as energias e fazendo eclodir um dos maiores escândalos de corrupção de todos os tempos, o qual, entretanto, ainda faz prever escândalos maiores.
Na ânsia de impor ao País uma agenda ideológica, essa mesma esquerda afrontou o sentir do brasileiro médio, que almeja um Brasil em ascensão, em legítima continuidade com seu passado. E, cada vez mais, um sentimento de inconformidade e de apreensão foi-se disseminando nas camadas mais profundas da população. A esquerda perdeu a batalha da popularidade.
Agora anunciam-se, por todo o Brasil, manifestações que, dentro do quadro de liberdades de um regime democrático, pretendem legitimamente externar esse imenso descontentamento. É natural que entre esses brasileiros estejam muitos monarquistas, que veem na presente crise um dos sintomas da inautenticidade do regime republicano, o qual, em pouco mais de um século de existência, trouxe à nossa vida pública turbulências e incertezas sem fim.
Temos por certo que Nossa Senhora Aparecida, a quem Dom Pedro I consagrou, como Padroeira, nosso País, há de socorrê-lo em mais esta hora de incertezas e o fará retornar às vias históricas das quais jamais se deveria ter distanciado.
São Paulo, 13 de março de 2015.