Meus muito caros Brasileiros,
Neste 7 de setembro, cento e noventa e quatro anos após meu tetravô, o Imperador Dom Pedro I, ter declarado a Independência, o Brasil se encontra em uma encruzilhada histórica, em que um número crescente de nossos compatriotas perguntam se a restauração da Monarquia não seria uma verdadeira mudança de rumos, atendendo aos anseios mais profundos de nosso povo.
Como Chefe da Casa Imperial do Brasil, é meu dever recordar-vos que, em uma Monarquia Parlamentarista, com o Poder Moderador como foi nos tempos gloriosos de Dom Pedro II, governos que se desviassem das autênticas aspirações da Nação seriam dissolvidos. E escolhido um novo Parlamento, não haveria espaço para crises, não haveria rupturas institucionais: prevaleceriam os mais altos interesses da Pátria.
Confio que a atual crise nos desperte e nos inspire voltar às vias que nos foram traçadas pela Divina Providência, libertos das ideologias que tanto contrariam a índole cristã, pacata e familiar de nosso povo. É, pois, chegada a hora de caminharmos ao encontro do que o Brasil tem de mais autêntico.
Que Nossa Senhora Aparecida, a quem o Imperador Dom Pedro I consagrou o Brasil na ocasião da Independência, vele solícita sobre o nosso futuro.
Dom Luiz de Orleans e Bragança
Chefe da Casa Imperial do Brasil
São Paulo, 7 de Setembro de 2016