Como seria o Brasil se ainda vivêssemos na Monarquia? Quem seria o imperador do Brasil?
HISTÓRIA | 22 de abril de 2016 por Mateus Graff
No ano de 1889 o Brasil tinha um imperador chamado Dom Pedro II e de uma colônia do Reino de Portugal, o Brasil se tornou a sede do Império Colonial Português, no ano de 1808, quando então o príncipe regente de Portugal fugiu do território português pelas tropas de Napoleão Bonaparte e estabeleceu a família real na cidade do Rio de Janeiro.
Os militares da época eram liderados por Manuel Deodoro da Fonseca, e foram até a praça que hoje é conhecida como Praça da República no Rio de Janeiro, e proclamaram a república, fazendo com que os militares tomassem o poder.
Mas e aí, e se o Brasil ainda fosse um país imperialista? Como será que estaria a nossa vida, o nosso país, a nossa situação econômica, a relação do Brasil com outros países? Bom, isso nós vamos tentar responder para vocês nessa matéria, lembrando que é tudo uma simples suposição, afinal nós não temos o dom de prever o futuro.
A capital
Será que a capital do Brasil ainda seria no Rio de Janeiro? Bom, segundo nossas pesquisas provavelmente não. O plano de mudar a capital do Brasil para uma região mais próxima ao planalto central é muito antiga, bem anterior ao governo de Juscelino Kubitschek, o homem que idealizou a construção de Brasília. Estamos afirmando isso pois esse projeto já era discutido no governo de Marquês de Pombal, em meados do século 18, quando o Brasil ainda era colônia de Portugal.
Além disso, também tinha sido defendido por José Bonifácio de Andrada e Silva, que a nova capital deveria ser localizada no Triângulo Mineiro, onde hoje estão as cidades de Uberaba e Uberlândia. Bonifácio afirmava que mudar a capital poderia ser uma forma de estimular a integração e a comunicação entre as diversas regiões do Brasil.
Será que o Brasil poderia se dividir em vários países?
O Império foi responsável direto pela manutenção da integridade territorial brasileira, diferente das colônias espanholas vizinhas, o Brasil não se dividiu em três ou mais países, como se temia na época da Independência. O motivo disso não ter acontecido foi a ida de D. João para o Rio de Janeiro, que passou a funcionar como um foco de integração da elite regional, até então dispersa pelo território e também como um elemento de força que impôs a integridade territorial toda vez que ela foi ameaçada por rebeliões separatistas regionais. Casos como o da Confederação do Equador de 1824 e da Revolução Farroupilha de 1835. Um Brasil Monarca com certeza seria fiel a essa ideia e não ia separar o Brasil em países.
Qual seria o poder do Brasil na América do Sul?
Provavelmente o Brasil seria o país mais influente da América do Sul. O império tinha uma visão estratégica bastante ambiciosa quando se falava da posição do Brasil para o resto do mundo. Nas vésperas da Proclamação da República, a Marinha brasileira era uma das mais bem equipadas, treinadas e tinham o respeito até do hemisfério ocidental. Bom, com o tempo o Brasil perdeu essa visão, e tem um papel bem menor do que realmente poderia ter.
Seriamos uma Monarquia absolutista ou constitucional?
D. João VI foi o último monarca absoluto do Brasil e de Portugal, mas o absolutismo na época (século 19) estava completamente em declínio e já não tinha tantos simpatizantes, nem mesmo dentro da família Bragança, que era a família real. Portanto, podemos afirmar que com certeza seria uma monarquia constitucional.
Mas afinal, quem seria o imperador do Brasil?
O último imperador do Brasil foi Dom Pedro II, que nos governou por exatos 58 anos. Dom Pedro II morreu no ano de 1891, já destronado, mas deixou no mundo a sua filha Isabel, mas conhecida como Princesa Isabel.
Como vocês devem se lembrar, a Princesa Isabel foi a mulher que aboliu a escravidão enquanto seu pai estava viajando. A Princesa Isabel se casou com um homem chamado Gastão de Orleans, que era um membro da realeza francesa, pelo fato de ser neto de Luís Filipe I, rei dos franceses. O casal não se limitou em ter filhos, e tiveram três crianças chamadas Pedro, Príncipe do Grão-Pará, Luís e Antônio Gastão, que seriam os descendentes do trono.
D. Luiz de Orleans de Bragança chegou a lutar na Primeira Guerra Mundial, e foi casado com a princesa Maria Pia de Bourbon-Sicílias. Infelizmente, D. Luiz de Orleans de Bragança morreu muito novo, com apenas 42 anos de idade, e nunca chegou a usufruir do direito ao Império Brasileiro.
Filho mais velho de D.Luiz, Pedro Henrique teria sido o Pedro III durante 60 anos, entre os anos de 1921 e 1981. D. Pedro Henrique foi casado com Maria Elizabeth, princesa da Baviera. Eles se casaram no ano de 1937 e tiveram 12 filhos.
Quando ele nasceu, a família real brasileira já estava exilada na França. Seu tio Pedro de Alcântara havia renunciado aos seus eventuais direitos ao trono do Brasil em 1908, e seu pai, Luís, foi considerado o Príncipe Imperial do Brasil, que ao nascer recebeu o título de Príncipe de Grão-Pará. Em 1920, seu pai faleceu em Cannes, França. No mesmo ano, o decreto de banimento foi revogado pelo então presidente da República Epitácio Pessoa. O avô de D. Pedro Henrique, conde d’Eu, conduziu parte da Família Imperial de volta ao Brasil pois suas vidas estavam consolidadas da Europa. Tendo em vista o falecimento do pai em 1920, quando tornou-se Príncipe Imperial do Brasil, mas em 14 de novembro de 1921, fale do Castelo d’Eu a princesa Isabel, e aos 12 anos ele se tornou o Chefe da Casa Imperial do Brasil.
Com essa linhagem de família, o imperador do Brasil hoje seria D. Luiz Gastão de Orleans e Bragança, que foi nascido no ano 1938. Hoje, com 77 anos de idade, ele é atual chefe da Casa Imperial do Brasil. D. Luiz nasceu na cidade de Mandelieu, na França, no dia 6 de junho de 1938. Ele conheceu o Brasil apenas no final da Segunda Guerra Mundial, e estudou química na Universidade de Munique. D. Luiz vive na cidade de São Paulo, e se hoje em dia existisse ainda um trono no Brasil, provavelmente D. Luiz Gastão de Orleans e Bragança seria o nosso imperador.
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