Dois acontecimentos chamaram a atenção do mundo no mês passado. O primeiro teve grande repercussão no Brasil. O segundo abalou o mundo artístico mundial. Duas mortes, dois funerais, duas lições.
Quando o vôo 447 da Air France partiu do Rio de Janeiro levando representantes da elite intelectual, científica, artística e social em direção à França, mal sabiam – a tripulação e os passageiros – que jamais chegariam ao destino. Um acidente fez despencar a aeronave tornando impossível qualquer esperança de sobreviventes. Entre os passageiros estava um jovem Principe brasileiro, Dom Pedro Luiz de Orleans e Bragança, representante da mais alta nobreza européia, que carregava em seu sangue a história milenar de sua família. Nele estavam concentradas as esperanças de seu tio, Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial, e de toda Família Imperial Brasileira. Voltava ele de férias para o trabalho num Banco em Luxemburgo.
Seu corpo vagou no Oceano aguardando o momento do resgate. A família, enlutada, se refugiou na oração e no próprio coração de Deus buscando forças para aceitar os misteriosos designios divinos, à espera do momento triste, mas necessário, do recebimento dos despojos para o sepultamento. No silêncio, na tranquilidade, na paz interior, aguardavam e se preparavam.
Provavelmente nem um último olhar de sua mãe em seu semblante foi possível, em vista do estado em que se encontrava no momento que foi entregue à família após ser resgatado do mar e identificado.
À celebração da Missa de Réquiem seguiu-se o sepultamento em Vassouras, resguardado o caráter familiar desses atos, conforme expressa vontade de seu pai, o Príncipe D. Antônio, que não quis dar publicidade aos eventos.
Simplicidade, humildade, religiosidade, amor, esperança. Esta é a primeira lição.
Lição que nós monarquistas devemos aprofundar ainda mais e tornar público os valores desta família que recebeu o Dom de Deus de representar a esperança em meio a tanto caos, de ser a chama que brilha nas trevas da corrupção e ignomínia.
Quando uma gota de óleo cai numa folha de papel ela vai penetrando sutil e imperceptívelmente. Quando se nota, ela tomou uma grande área do papel.
A gota de óleo sagrado – pois a instituição monárquica em algo transcende o temporal e toca no sagrado – que caiu sobre o papel amarrotado desta pobre nação foi o sacrificio do Jovem Príncipe. Ela vai penetrar os corações, de modo suave e sutil, levando à restauração dos valores morais que são o fundamento da vida nacional.
A segunda lição veio do hemisfério norte. Com certeza não resultou de um bom exemplo. No primeiro caso havia comprovada nobreza de sangue e de postura. Neste segundo, ela não era real.
O Rei do Rock caminhava pelos corredores de sua mansão solitária. Buscava novos remédios para conter o seu desespero. Ao se olhar no espelho não encontrava mais a fisionomia do negro talentoso, mas um ser artificial fruto da vaidade e do egoismo. Ainda cantava, é verdade e tinha uma multidão de fãs. Mas se tornara o zumbi de seu último e mórbido filme. Não, não aguentava mais. Se quizesse dormir teria que tomar doses maiores de sedativos. E assim o fez. Acostumou-se a fazer tudo o que queria e mais uma vez o fez sem medir as consequênias de seus atos para a vida real.
A Mídia ao divulgar sua morte esqueceu todos os seus defeitos, todas as suas vaidades, todos os seus vícios. Suas músicas, seus clips, seus vídeos foram retransmitidos, e seu funeral recebeu destaque especial nas televisões e sites de noticia em todo o mundo.
Acabara de morrer e já começa uma briga por sua fortuna… Dúvidas, desconfianças, interrogatórios. Seu corpo seria enterrado, mas seu cérebro não, pois exames precisariam ser feitos. Um show foi organizado, caixão recoberto de ouro, cantores, midia, sorteio de ingressos para o sepultamento. Um sepultamento cujo cadáver não estaria presente, mas foi sepultado, antes, ou depois, ninguém sabe ao certo.
Qual a lição? Mentira, vaidade, dissimulação, falsidade, foi o que se viu, tanto na vida do roqueiro quanto no show dos funerais. Espero sinceramente que no último instante Michel Jackson tenha se arrependido. Entretanto, onde a árvore cai, ali fica. Nem o ídolo do rock consegue fugir à regra: “talis vita, finis ita’. Assim como viveu, morreu. É a realidade. Pobre Estados Unidos da América! Péssimo exemplo para o mundo!
Há fraudes destrutivas e esperanças edificantes. Oxalá o Brasil compreenda o alto significado que estas duas lições nos dão.
Feliz desta nação que abriga em em seu seio a Família Imperial, exemplo edificante mesmo na desventura. Em meio ao caos, é preciso esperar por dias melhores com a certeza de que virão. O modelo republicano está envelhecido, desgastado, exaurido. Utopias fracassadas e malsãs não constroem nem representam a esperança de um Brasil melhor.
Um grupo de amigos reunidos para divulgar, difundir, apoiar, os esforços de todos os brasileiros para restaurar a forma monárquica de governo.