O costume da Árvore de Natal, que chegou aos nossos dias, germinou nos costumes dos povos germânicos cristãos, a partir do século XVI.
Corria o século XIX, quando o Rei-consorte Dom Fernando II (nascido Prinz Ferdinand August von Sachsen-Coburg-Gotha-Koháry), marido da Rainha Dona Maria II, e primo do Príncipe Albert Saxe-Coburgo-Gotha (Dinastia Wettin), marido da Rainha Vitória do Reino Unido, que armou um Pinheiro de Natal no Castelo de Windsor, introduzir o mesmo costume no Reino de Portugal, país onde a tradição natalícia decorativa abrangia apenas o Presépio de que eram expoentes os de Machado de Castro, Barros Laborão e António Ferreira. Com o nascimento do Príncipe Real Dom Pedro e os infantes, Dom Fernando II – já Rei-consorte – começou a festejar o Natal segundo o costume germânico que experimentara durante a infância na gélida Alemanha. Para além da Árvore de Natal que enfeitava com bolas de vidro translúcidas de variadas cores e guloseimas, das coroas de advento, o próprio monarca se fantasiava de São Nicolau e distribuía prendas à família – conforme o confirmam gravuras a carvão ilustradas pelo Rei-artista.
Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica