Entrevista com o Professor Hermes Rodrigues Nery

Quando muito se fala no pedido do início do processo de beatificação da Princesa Dona Isabel, o Blog Monarquia Já foi em busca de mais detalhes sobre o assunto. Pensando nisso procuramos o responsável pelo pedido junto a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, o Professor Hermes Rodrigues Nery.  
 
Coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e do Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté (SP); professor de bioética (pós-graduado pela PUC-RJ, em curso promovido pela CNBB e Pontifícia Academia para a Vida); político, escritor e jornalista, o Professor Hermes é também vereador de São Bento do Sapucaí e, com exclusividade, concedeu entrevista ao Blog Monarquia Já.
Entrevista que abaixo transcrevemos nesta simbólica data de 15 de novembro, batizado da Princesa Dona Isabel.
 
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“A PRINCESA ISABEL É MESMO UMA MULHER SANTA”
Afirma o prof. Hermes Rodrigues Nery em entrevista ao Blog Monarquia Já

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BMJ – Como surgiu a iniciativa de solicitar beatificação da Princesa Dona Isabel à Arquidiocese do Rio de Janeiro?
 
Prof. Hermes – Moro numa pequena cidade do Estado de São Paulo e como Presidente da Câmara Municipal de São Bento do Sapucaí (biênio 2009-2010) recuperei todas as atas antigas da Câmara, desejando obter subsídios para escrever a história do Município. Meus assessores disseram que a mais remota era de 1957, e que as demais estavam dispersas, perdidas, muitas delas numa enchente de 1945. Conversando com um e com outro, ex-prefeitos, pessoas idosas, professores, etc., conseguimos localizar todas as atas originais, desde a primeira, de 1858. Contratei paleógrafos de Pindamonhangaba para transcrever especialmente o primeiro livro (até 1868), e fiquei admirado de constar informações preciosas sobre o Segundo Reinado e entendi então que os documentos, na fonte, falam muito, iluminam bastante, sem crostas ideológicas. Pelas atas tomei conhecimento de que escravos alforriados foram lutar na Guerra do Paraguai e que na cidade havia um quilombo, que mais tarde daria o nome a um bairro do Município. Ao contrário do que pensava, nem todos os quilombos eram de escravos revoltosos, mas aquele, de modo especial, era de alforriados católicos muito devotos.

 
Eu conhecia no bairro do Quilombo a dona Luzia, uma senhora de quase 80 anos, líder do bairro, e que todo ano mantinha a tradição da festa do 13 de maio. Fui conversar com ela a respeito das origens do bairro e ela me contou que aquele Quilombo era abençoado, porque aquela festa existia para homenagear uma santa. Fiquei impactado com aquela colocação e indaguei. Mas que santa? E ela me respondeu, com muita simplicidade e profunda emoção: a Princesa Isabel. Havia em sua fala, uma forte devoção e um sentimento de gratidão, havendo, sim, mais que um respeito tão grande, mas uma veneração. Naquele momento algo me chamou a atenção e me fez começar uma pesquisa mais aprofundada para entender o que ainda hoje, decorridos mais de um século, uma descendente de escravos reconhecia na Princesa Isabel sinais de santidade.

Senti-me no dever de buscar uma bibliografia sobre a vida da Princesa Isabel, e após a leitura da biografia escrita por Hermes Vieira, comecei a entender que o sentimento da dona Luzia tinha fundamento. A história de vida da Princesa Isabel, por tudo o que ela viveu e sofreu, pelo tanto que ela amou o Brasil, especialmente a dor de seu longo exílio e tantos outros fatos, me fez crer que se tratava mesmo da história de vida de uma santa, mas muito pouco conhecida e aprofundada e que diante disso, precisávamos ter acesso aos arquivos, aos documentos, às suas inúmeras cartas, aos depoimentos dos que a conheceram, em vida, etc. E cada vez mais que tomava contato com algum novo documento, foi amadurecendo em mim a convicção de que a Princesa Isabel é mesmo uma mulher santa. Daí a motivação pelo pedido da abertura do processo de sua beatificação.

BMJ – Quais são suas virtudes heroicas, em que se baseia o pedido?
Prof. Hermes – Por ter uma personalidade forte e resoluta, a Princesa Isabel soube tomar decisões acertadas e corajosas, num momento histórico que requereu sabedoria e precisão decisória. Com isso, conseguiu efetivar a abolição da escravatura em nosso País, sem derramamento de sangue, sem sublevação e sem desordem pública. O que não aconteceu, por exemplo, nos Estados Unidos, cuja guerra de Secessão vitimou tantos, pela mesma causa. Ela não titubeou em anuir ao imperativo da História, pautada nos princípios e valores humanos e cristãos, pagando por isso um preço muito alto: a perda do trono e o mais cruel banimento sofrido por uma autoridade política em nosso País.

Ela era uma pessoa alegre e cativante, gostava de festas, era culta e elegante, tocava piano e falava vários idiomas. Mas era uma alma simples e terna, muito compassiva para com os sofredores, e muito animada pela alegria de viver. Perdeu tudo o que havia se preparado tantos anos, pois sabia que como futura Imperatriz, queria dar o bom exemplo de governante cristã. Mas o golpe do 15 de novembro, exigiu 24 horas para deixar o País, que nunca mais veria, até sua morte, 32 anos depois. Suas melhores virtudes cristãs foram afirmadas em seu penoso exílio, confiante em Deus, zelosa da família e dos deveres éticos e cívicos, soube sofrer os padecimentos com a mesma generosidade e dar o bom testemunho. Outros tantos dissabores e sofrimentos vieram nos anos de proscrição. O incêndio no Castelo d’Eu, em 1902, o flagelo da Primeira Grande Guerra (a quem acudiu a muitos, socorreu a tantos), a morte dos filhos, etc.), até a aceitação de saber que nunca mais veria o Brasil, e as manhãs luminosas do Rio de Janeiro, sua cidade natal. E aceitou tantas dores (muitas delas injustíssimas) na confiança de Deus sempre providente. Por isso, foi provada na fé.
 
BMJ – A Princesa Dona Isabel é conhecida por todos pela singular bondade, religiosidade e, principalmente, pela ampla contribuição nas questões sociais, podendo ser citada sua magnanimidade ao abolir a escravidão do Brasil, ato almejado por seu avô e por seu pai, mas efetivado por ela. Dado os fatos, seria a Princesa Dona Isabel um grande vulto da História do Brasil, mas não propriamente uma santa?
 
Prof. Hermes – Depois de estudos aprofundados, constatamos muitos fatos que dá á Princesa Isabel uma dimensão muito mais ampla, do que apenas de ter sido “um grande vulto na história do Brasil”. Ela fez muito mais não apenas para o Brasil, mas também para a Igreja. A sua adesão ao Evangelho foi autêntica e suas atitudes e decisões confirmaram o entendimento profundo que ela teve dos princípios e valores humanos e cristãos, vividos em todos os aspectos, tanto na vida pessoal quanto pública. A sua vida foi inteiramente de coerência e fidelidade ao Evangelho. Os depoimentos de todos os que a conheceram testemunham o seu vigor moral e cívico, que alimentado por uma espiritualidade católica exemplar.

Foram muitas as suas iniciativas em defesa da fé, numa época em que se gestava especialmente no continente europeu as ideologias anticristãs mais contundentes. Francisco Leme Lopes reconhece, em seu texto “Isabel, a Católica” que o “13 de maio é em verdade a maior data da nossa história”. E destaca a Rosa de Ouro que ela recebeu do Papa Leão XIII, “insígnia que o Brasil receberia de novo mais de meio século depois para a Basílica da Virgem de Aparecida”, as três vezes em que ela esteve “na direção suprema do País”, e “empunhou com mão serena e hábil o cetro imperial”, promulgando duas importantes leis de reforma social, a do Ventre Livre (1871) e a Lei Áurea (1888). É da princesa Isabel também a petição assuncionista, datada de 8 de setembro de 1900, solicitando ao papa a declaração do dogma da Assunção de Nossa Senhora. No ano seguinte, em 13 de maio reforçou este pedido ao episcopado brasileiro, para que chegasse à Santa Sé esta sua súplica.

No exílio, trabalhou muito para defender a fé, escrevendo ao papa: “Longe de minha pátria, sinto-me feliz ao menos por trabalhar pelo que nela pode fortificar a fé”. Ainda é da princesa Isabel outro pedido ao papa, unindo-se á voz do episcopado brasileiro, em 1877, pela canonização de Anchieta. “Queira, pois Vossa Santidade resolver que é lícito aos católicos brasileiros venerarem em seus altares a imagem de tão santo varão”. Sua devoção mariana está expressa em diversos documentos: “Meu amor e devoção à Santíssima Virgem torna-me grato escrever. Justamente em 1908, festejar-se-á o jubileu de Nossa Senhora de Lourdes cujo santuário inúmeras vezes visitei com a maior emoção”. Lourenço Luís Lacombe conta de sua compaixão pelos sofredores, em carta datada de 7 de novembro de 1864: “Hoje, foi dia de limpeza da Igreja e deixamo-la muito bem arranjadinha pela manhã (…) Acabamos, há pouco, com a festa da Igreja. Perdoei 6 réus e comutei duas penas de morte. É uma das únicas atribuições de que gosto no tal poder!!!”.

E depois da glória do 13 de maio, destacou Francisco Lemes: veio “a tradição, o abandono, o exílio, a morte dos pais, o esquecimento, a ingratidão”. De maneira que há muitos registros e documentos, como também testemunhos tanto de sua época, como das décadas posteriores, da sua força moral e espiritual, que faz dela uma presença de bondade e amor de dimensão universal, cuja santidade certamente um dia será confirmada pela Igreja, para que ela seja elevada às honras dos altares, do mundo inteiro.     
 
BMJ – A Princesa Dona Isabel era mulher significativamente dedicada a Família, as causas dos descriminados, sofreu, depois de seu casamento, uma grave campanha difamatória por parte de políticos e homens de poder da época. Exilada na França, sabe-se que se dedicou também a assuntos do Brasil, à Família e à caridade, no entanto, pouco se sabe dos detalhes. Os relatos das netas, a Condessa de Paris – De todo meu coração, e da Condessa de Nicolaÿ – Minha Mãe, a Princesa Imperial viúva (tiragem familiar, acessível a poucos), ajudam a vislumbrar um pouco sobre o fim da vida da Princesa Dona Isabel. Além de cinco ou seis biografias da Princesa, dentre as quais apenas duas ou três são relevantes, o que se sabe efetivamente sobre sua história, sua vida, não se deve fazer uma grande pesquisa?

Prof. Hermes – Estamos trabalhando nesse sentido, analisando os documentos, as suas inúmeras cartas, vários textos produzidos, além de uma boa bibliografia já existente. Penso que a nossa geração está mais receptiva a conhecer a luminosa vida da Princesa Isabel, sem as sombras ideológicas que macularam a visão conjuntural de sua biografia. Ela tem uma grande história de vida, e um modelo a ser seguido pela geração de jovens (no campo pessoal, como filha, mãe e esposa exemplar, e no campo público o modelo de governante cristã). Pretendemos no estudo que estamos preparando, fazer um panorama de seu tempo, para entender de modo amplo, os acontecimentos que marcaram a história do Brasil e da Igreja, na segunda metade do século XIX e início do século XX. Certamente muitos ficarão impactados com a força desta mulher, que não apenas em seu tempo, mas ainda hoje exerce grande admiração entre os brasileiros. O importante é que junto com a produção deste estudo, vamos subsidiara Arquidiocese do Rio de Janeiro com todos os documentos e informações possíveis, para ajudar no processo que visa a beatificação. Com tudo isso, os brasileiros irão amar cada vez mais esta mulher que nasceu destinada a ser a Imperatriz e defensora perpétua do Brasil.
 
BMJ – Efetivamente, qual era a conduta religiosa da Princesa, isto é, pensamento religioso, as bases de sua crença, em quais os aspectos pode-se atribuir santidade a seus atos?
 
Prof. Hermes – A Princesa d. Isabel foi a mais preparada para exercer o governo, e a que mais convictamente viveu os princípios e valores da fé católica em nosso País. Foi através de uma sólida formação, um matrimônio estável e a consciência dos problemas nacionais, exerceu os três períodos de regência com exemplar dignidade e coerência, demonstrando o quanto promissor seria o 3º Reinado. A partir da doutrina moral e social da Igreja Católica, que ela tão bem conheceu e viveu, norteou sua conduta pessoal e pública, inspirada no melhor exemplo dos príncipes cristãos, como a de São Luís, capaz de renúncias e sacrifícios pelo bem comum. Como tão bem salientou Francisco Leme Lopes,  diante dos sofrimentos, a Princesa d. Isabel, “austeramente fiel ao ensinamento paterno, ela continua a orar, a bem-fazer, a perdoar. No seu exílio, não permite recriminações nem queixumes. Certa da justiça que lhe há de fazer a história, contempla serena as misérias do presente… e quando se lembra das horas de infortúnio, só lamenta que da tremenda catástrofe não saísse uma pátria mais honrada, mais próspera, mais livre, mais digna, mais feliz…” O seu projeto de Brasil, solapado pelos republicanos positivistas, e desprezado pelos anárquicos que hoje ocupam os primeiros postos do governo, era um projeto de acordo com a identidade e a alma da Nação brasileira. Por isso ela foi tão querida e ainda hoje é, por estar ancorada no coração do povo, e de ter se empenhado com tão sincera dedicação na promoção de um Brasil pujante, com base no humanismo cristão.  
 
BMJ – Como está sendo recebida está campanha pela Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro?
 
Prof. Hermes – Tanto dom Orani Tempesta, quanto dom Antonio Augusto foram muito receptivos ao pedido de abertura do processo de beatificação. Dom Orani explicou que terá primeiramente que obter uma licença da Arquidiocese de Paris, tendo em vista que à princesa Isabel faleceu lá. A partir de então instituirá uma Comissão Especial para fazer os estudos necessários e buscar informações no sentido de comprovar as virtudes heroicas da Princesa Isabel, a força de sua fé, com o relato de depoimentos e testemunhos, e a constatação de milagres. Estamos desde então aprofundando os estudos, e cada vez mais convictos de que a vida da princesa Isabel corresponde às exigências que podem efetivar a sua beatificação. Sobre sua fama de santidade e devoção do povo para com ela, podemos atestar já em sua vida.  José do Patrocínio, assim que foi assinada a Lei Áurea, ajoelhou-se aos pés de d. Isabel e lhe chamou de santa, “Santa Isabel”. Os documentos comprovam, em várias localidades do Brasil, práticas de devoção à princesa Isabel, especialmente nas festas do 13 de maio feitas por descendentes de escravos, a exemplo do acontece em São Bento do Sapucaí, com a tradicional festa da dona Luzia, no bairro do Quilombo. O título de A Redentora lhe veio justamente pela sua fama de mulher exemplar de fé cristã, que foi capaz do grande feito da libertação, com prudência, energia e coragem necessárias, num processo gradual, sem derramamento de sangue. Até hoje historiadores ficam impactados com a explosão de júbilo de toda a Nação após a assinatura da Lei Áurea. Foram dias festivos intensos, não se tratando apenas Da comemoração de uma lei que há muito se esperava, mas do modo como tudo aconteceu e de quem protagonizou o feito, cujo sentimento de profunda gratidão ficou expresso por muito tempo, até hoje alcança muitos corações brasileiros.
 
BMJ – Existe alguma base de possíveis fieis já dispostos a trabalhar pela causa de beatificação?
 
Prof. Hermes – O movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté, que já vem atuando desde 2005 na defesa da vida, tendo sido bem sucedido, junto com outros grupos pró-vida, na luta contra a legalização do aborto do Brasil (http://juliosevero.wordpress.com/2008/05/11/%E2%80%9Cfoi-uma-vitoria-e-tanto-nunca-vi-isso-acontecer-no-congresso-nacional%E2%80%9D/), especialmente para a rejeição do PL 1135/91, que visava descriminalizar o aborto, até o 9º mês e foi rechaçado pelas Comissões de Seguridade Social e Família e Constituição e Justiça, do Congresso Nacional e, finalmente, arquivado este ano, também responsável pela aprovação da primeira lei orgânica do País a reconhecer o direito a vida desde a concep ção, no texto constitucional local (http://diasimdiatambem.com/2010/04/22/promulgada-lei-organica-pro-vida-em-sao-paulo/). Está agora o Movimento Legislação e Vida trabalhando para incluir na constituição do Estado de São Paulo o direito a vida como primeiro e principal de todos os direitos humanos (http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=283521). Depois de bem sucedidas ações (http://diasimdiatambem.com/2011/08/18/abortistas-sofrem-outra-derrota-historica/), junto aos bispos, religiosos e leigos, em trabalho de comunhão eclesial, coube ao Movimento Legislação e Vida apresentar a Dom Orani o pedido para a abertura do processo de beatificação da Princesa Isabel, com o apoio do nosso bispo da Diocese de Taubaté, Dom Carmo João Rhoden. Nesse sentido, acreditamos que esta nova causa em muito ajudará também a ampliar a sensibilização da defesa da vida no País, pois assim como o movimento abolicionista, o movimento em defesa da vida hoje reforça o pensamento da doutrina social cristã que a Princesa Isabel teve como base para as suas ações pessoais e públicas. Acreditamos que também teremos êxito, com a graça de Deus, nesta iniciativa.
 
BMJ – Está prevista alguma diretriz para a campanha, isto é, algo que se assemelhe como os processos do Beato Imperador Carlos e da Serva de Deus Imperatriz Zita da Áustria ou da Rainha Geovana da Bulgária, que mobilize instituições católicas?
 
Prof. Hermes – Exatamente é o que estamos fazendo, buscando sensibilizar e mobilizar pela causa da beatificação da Princesa Isabel, conversando com bispos, religiosos e leigos, buscando os documentos, os depoimentos, os testemunhos, recortes de jornais, pronunciamentos oficiais, cartas, enfim, tudo o que pode comprovar a santidade da Princesa Isabel. Trata-se de um novo movimento isabelista que agregue os católicos em nosso País, com força unitiva, para a promoção de uma maior unidade da fé em nosso País. A Internet irá nos auxiliar muito nesse sentido, pois desejamos viabilizar um site que reúna todas as informações sobre a Princesa Isabel – documentos escaneados, pdfs, textos, artigos, entrevistas, livros, iconografia, vídeos, enfim, tudo o que pudermos reunir para somar o máximo de informações que contribuam a um melhor conhecimento do quanto a Princesa Isabel fez pelo nosso País, e do quanto a história de sua vida é um exemplo universal.
 
BMJ – Quais são suas perspectivas com relação ao processo de modo geral?
 
Prof. Hermes – As perspectivas são promissoras, e esperamos que com a  visita do papa Bento XVI ao Rio de Janeiro, em 2013, possamos avançar no processo e obter a documentação e o milagre necessário para que o mesmo propósito de Santa Teresinha se repita com a Princesa Isabel, quando a Santa de Lisieux expressou:  “Vou passar meu céu fazendo o bem na terra”. Sentimos vivamente a intercessão das Princesas Isabel, no atual momento da história do Brasil, e penso que a sua influência nos destinos da Nação fará história, pois muito do que ela quis realizar como Imperatriz, ainda está por fazer: o seu projeto de Nação, a partir dos valores humanos e cristãos.
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Um grupo de amigos reunidos para divulgar, difundir, apoiar, os esforços de todos os brasileiros para restaurar a forma monárquica de governo.