República é uma doença gravíssima!

POLITICA 23/10/2015 ÀS 16:47 – ATUALIZADO EM 23/10/2015 ÀS 17:07

A REPÚBLICA É UMA GRAVÍSSIMA DOENÇA DESTRUINDO O ESTADO E A SOCIEDADE

Gilberto Callado, Procurador de Justiça e coordenador do Círculo Monárquico em SC trata de crise nacional e do encontro monárquico deste sábado, em Sto. Amaro da Imperatriz.

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Quem se acostumou com os rios de lágrimas derramados nos últimos anos contra a "horrenda ditadura militar" instalada em 1964, certamente ficará surpreso ao saber quando a tradição de golpes militares foi inaugurada no Brasil. Diferente das colônias espanholas, que já se tornaram países independentes através de quarteladas, o Brasil teve sua estréia como país em 1822 e viveu um período de estabilidade institucional e desenvolvimento até 1889. O primeiro golpe militar que cá aportou foi justamente o quê destitiu a Monarquia e deu início a República.

Parece incrível que 126 anos depois, adeptos do velho regime ainda existam. Mas eles não apenas existem, como permanecem ativos, tem excepcionais quadros políticos e intelectuais e uma atuação destacada na sociedade. Um exemplo é o coordenador do Círculo Monárquico de Nossa Senhora do Desterro (Santa Catarina), Dr. Gilberto Callado. Procurador de Justiça e exercendo a função de Corregedor do Ministério Público catarinense, membro da Academia Catarinense de Letras, Callado milita há décadas pela restauração do Império Brasileiro.

Em entrevista ao editor do Sul Connection, Eduardo Bisotto, Callado tratou do atual momento da política nacional, mergulhada em uma de suas mais graves crises, do comportamento absolutamente democrático que a família Orléans e Bragança tem adotado em sua luta pela restauração e das perspectivas do movimento monárquico.

Para o Dr. Callado, a crise atual é motivo de otimismo. "Quanto mais a República apodrece, mais matura o retorno da Monarquia", analisa. Ele cita o eminente jurista Ruy Barbosa: "Na alma de cada iludido republicano dorme um monarquista". Ele vê a atual crise como mais um sintoma da gravíssima crise que a República representa. "A República é uma doença destruindo o Estado. E não apenas: destrói também a sociedade, ao contaminar seus cidadãos com a perda de valores, princípios e referências", destaca.

O Procurador está convicto que a solução para o atual momento da Nação não passa nem pelos partidos de oposição e nem mesmo pela convocação de novas eleições."A solução é a restauração do Trono", garante.

Entretanto, Callado se alinha com a postura democrática da família Real. Um episódio pouco conhecido que demonstra esta vocação aconteceu em 1964. Naquela ocasião, o general Castelo Branco foi até o Paraná tentar convencer o então Príncipe Herdeiro, Dom Pedro Henrique, a reassumir o Trono após um golpe militar. Dom Pedro Henrique recusou a proposta e afirmou ao general, que se tornaria o primeiro presidente do ciclo militar, que não se corrigiria o erro oriundo do golpe de 1889 com um novo golpe. E que ele apenas assumiria o Trono por aclamação popular.

Foi pela via democrática e da aclamação popular que a Família Real tentou voltar ao Trono em 1993. Entretanto, para Callado, o plebiscito ocorrido naquele ano foi uma gigantesca fraude. "Não deixaram sequer a Família Real aparecer na televisão para defender a causa da monarquia", relembra. A manobra teria ocorrido após o governo federal contratar pesquisas sigilosas que apontavam para a grande popularidade do retorno do regime monárquico ao país. Mesmo tendo poucos meios para defender sua causa, a Monarquia atingiu pouco mais de 10% dos votos. Um resultado bastante expressivo, considerando-se a total assimetria dos meios disponíveis na disputa com os republicanos, que mobilizaram todos os veículoos de comunicação nacional e todos os partidos políticos em sua defesa.

Em Santa Catarina, coordenada pelo próprio Callado, a campanha monarquista atingiu resultadoss ainda mais relevantes, superando a votação média nacional.

ENCONTRO ACONTECE NESTE FINAL DE SEMANA EM SANTO AMARO DA IMPERATRIZ

A cada dois anos os monarquistas catarinenses promovem um encontro regional. Definido como uma oportunidade de aprofundar a formação doutrinária, estabelecer metas de atuação e estreitar laços de amizade entre os membros do movimento, o evento deste ano contaará com a presença ilustres de importantes membros da Família Real.

Sua Alteza Imperial Real Dom Antonio de Orleans e Bragança vem ao estado acompanhado de sua esposa, Sua Alteza Dona Christina de Ligne e seu filho Sua Alteza Real Dom Rafael de Orleans e Bragança. O encontro deste ano marca os 170 anos da Família Imperial ao estado, na mesma Santo Amaro da Imperatriz, uma visita que alterou drasticamente a história do desenvolvimento do estado.

PROGRAMAÇÃO

O evento começa na tarde de sábado (24) com recepção aos participantes no auditório do Conventinho Frei Hugolino, ao lado do hospital São Francisco de Assis em Santo Amaro da Imperatriz, às 13h30. Ás 14h00 será realizaada a Sessão de Abertura com as palavras iniciais de Sua Alteza Imperial Real o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Rafael de Orleans e Bragança.

Às 14h20 tem início a primeira palestra. O Dr. Gilberto Goulart irá tratar do tema "D. Pedro I perante a história". Às 15h45 está previsto um intervalo para o lanche.

Às 16h o Professor José Carlos Petri trata do tema "Caldas da Imperatriz – 170 anos da visita de D. Pedro II e D. Teresa Cristinna: uma visita que mudou o Império" –

Às 17h Sua Alteza Imperial Real o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Antonio de Orleans e Bragança, profere as palavras finais do evento e procede-se a entrega de diploma aos participantes

O jantar de encerramento será servido às 20h30.

No domingo, às 11h, uma Missa em Ação de Graças na Capela do Conventinho Frei Hugolino, ao lado do Hospital São Francisco de Assis encerra definitivamente o evento. A Missa será reza no Rito Tridentino.

INSCRIÇÕES

Os interesssados em participar do evento devem entrar em contato com o coordenador do "Círculo Monárquico Nossa Senhora do Desterro", coordenador pelo dr. Gilberto Callado (na foto), Procurador de Justiça do Estado. Ele enviará o formulário para a inscrição. As inscrições custam R$ 20,00 para estudantes e R$ 40,00 para não estudantes. O e-mail de Callado é gcallado.

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