Por que eu sou Monarquista?

Publicado por Rafaela Santos Jacintho em http://direitasja.com.br/2013/07/15/por-que-eu-sou-monarquista
Muitos amigos e leitores que me acompanham nas redes sociais, já devem ter notado que há algum tempo eu venho postando mensagens a favor da Monarquia. Muitas pessoas vêm me indagando o porquê disso e meus colegas monarquistas me questionam o motivo pelo qual eu nunca ter me posicionado claramente a respeito, trocando em miúdos, porque não escrever logo de uma vez a favor do regime do qual eu e muitos acreditam ser o melhor pro país.

Os motivos pelo qual pensei e repensei antes de escrever a respeito são diversos, posso citar entre eles o fato de ser praticamente um crime pensar diferente da grande maioria que se diz “elite pensante”. Muitas pessoas acham a monarquia um atraso por terem aprendido no colégio a tal da Monarquia Absolutista, do qual não é essa que sou defensora. Culpa também da grade curricular deturpada que temos nas escolas que tem o intuito de denegrir a imagem da Monarquia pra ajudar a consolidar dia após dia o grande golpe da República. É preciso estudar muito, ir atrás de bastante informação para chegar à conclusão que a república não só leva o país ao atraso como também foi responsável pelo aumento desenfreado da corrupção.

O primeiro ato de corrupção do regime republicano foi quando os golpistas ao obrigar a família imperial do Brasil ao exílio, retiraram dos cofres públicos 5 mil contos de réis e deram a Dom Pedro II como forma de indenização pelos danos sofridos. O Imperador não só recusou como também exigiu que caso o dinheiro já tivesse sido retirado dos cofres públicos que fosse feito um documento comprobatório no qual ele o estaria devolvendo. Ele citou então a frase: “Com que autoridade esses senhores dispõe do dinheiro publico?”
Dom Pedro II

Dom Pedro II

Se Dom Pedro II ainda fosse vivo veria que nesse país nada mudou, que com toda autoridade do mundo nossos políticos, republicanos ainda dispõe do dinheiro público como se fosse deles, usando pra benefício próprio e como meio pra promover inúmeras reeleições.

Incrível como os mesmos que falam mal da Monarquia, por dizer que é um regime no qual uma pessoa fica no poder até a morte, tentam também por meio do regime republicano achar brechas pra que se perpetuem também no poder de forma vitalícia. Muitas vezes são os mesmos que apóiam ditadores como Fidel Castro, Hugo Chavez, Evo Moralez e tantos outros.

Bom, agora vamos nos ater aos fatos:

– Em se tratando de corrupção, no ranking da corrupção global de 2011, eis a lista dos dez países mais honestos do mundo e os 10 mais desonestos. Confira você mesmo:

Os 10 países mais corruptos do mundo – 2011
Ranking País Nota Sistema de Governo
1 Somália 1 República Presidencialista
2 Coréia do Norte 1 República Presidencialista
3 Myanmar 1,5 República Presidencialista
4 Afeganistão 1,5 República Presidencialista
5 Uzbequistão 1,6 República Presidencialista
6 Turcomenistão 1,6 República Presidencialista
7 Sudão 1,6 República Presidencialista
8 Iraque 1,8 República Parlamentarista
9 Haiti 1,8 República Semipresidencialista
10 Venezuela 1,9 República Presidencialista
Os 10 países mais honestos do mundo – 2011
Ranking País Nota Sistema de Governo
1 Nova Zelândia 9,5 Monarquia Parlamentarista
2 Dinamarca 9,4 Monarquia Parlamentarista
3 Finlândia 9,4 República presidencial-parlamentar
4 Suécia 9,3 Monarquia Parlamentarista
5 Singapura 9,2 República Parlamentarista
6 Noruega 9 Monarquia Parlamentarista
7 Netherlands (países Baixos) 8,9 Monarquia Constitucional
8 Austrália 8,8 Monarquia Parlamentarista
9 Suíça 8,8 República Federal Parlamentar
10 Canadá 8,7 Monarquia Parlamentarista

Já que o Brasil não está fazendo parte nessa lista, em se tratando de honestidade somos o 73º mais honesto do mundo. Absurdo, mas não é novidade.

Outro fato que pesa é que por falta de informação muitas pessoas falam que não querem sustentar uma família real inteira, porque isso sai muito caro. Para os desinformados de plantão, queria dizer que se for colocar na ponta do lápis sai muito mais caro sustentar todos os ex-presidentes do país do que uma família imperial inteira.

Outra questão que deve ser citada é que diferente de um presidente, um rei não nasce de um momento oportuno, de um momento político, não ganha eleição por sorte, por corrupção e tudo mais. Tampouco é eleito por campanhas apelativas e com cunho demagógico. Um rei é preparado desde o seu nascimento para sua missão e sua educação vem desde o berço e nenhuma atitude pode ser tomada por ele sem que tenha aprovação popular.

Visando se manter no poder o rei sempre tomará medidas que estejam de acordo com a vontade do povo. Um exemplo disso foi o pai da rainha Elizabeth II, o Rei George VI que não era o primeiro sucessor ao trono, mas chegou a assumir porque seu irmão Edward VIII decidiu se casar com uma mulher que não agradaria a população britânica.

Corrupção, desvio de verbas, violência não é de interesse de um monarca. Isso se dá pelo fato de que o monarca trata do dinheiro como “se fosse dele”, logo se é dele, ele não desviará, não gastará de forma desnecessária e de forma burra. Já um republicano trata o dinheiro público como se fosse “dinheiro dos outros”. Precisa se falar o que se faz com “dinheiro dos outros”?

Usa-se “dinheiro dos outros” para se financiar inúmeras reeleições – um rei não precisa pensar em reeleição – para financiar obras que nunca serão acabadas, pois estas também só são vantajosas caso se deixem de uma eleição para outra para que esta seja garantida. Usa-se “dinheiro dos outros” pra se financiar o mensalão, pra financiar a violência, para aumentar o valor do bolsa família e inventar mais inúmeras outras bolsas. Usa-se dinheiro dos outros para promover construções de estádios megalomaníacos, por exemplo, e por ai vai.

Se para um rei é ideal que a saúde, a educação, o transporte público e o saneamento sejam de qualidade, para a república ela é usada como meios para eleição, pois se tudo está bem, o que um candidato a presidência precisa prometer para se eleger?

E para finalizar: A burrice é a melhor arma pra um político republicano garantir diversas eleições, pois é através da ignorância da maioria da população que eles chegam ao poder. Já para um monarca quanto mais culta for a população, mais ela enxergará o quão melhor para o país é esse regime e que a república é um verdadeiro conto da carochinha. Mas claro, isso não é ensinado nos livros da escola e precisa ter um mínimo de coerência para se chegar a essa conclusão.
Família Imperial do Brasil

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