Alvoroço em torno de Daniel Dantas… por que os politicos estão colocando as barbas de molho?

A leitura do artigo abaixo nos revela o quanto estava certo Rui Barbosa.

Hoje inaptos tornam-se políticos, e devidamente financiados e colocados num esquema político-partidário, alcançam o topo máximo do Estado. Uma vez lá, seus financiadores exigirão o retorno do investimento.
O barulho em torno da prisão de Daniel Dantas (subtraida a questão jurídica), no fundo, é causado pelas perigosas relações financeiras que ele tem com os vários esquemas político-partidários em cena.
No sistema monárquico parlamentar haveria financiamento de campanhas eleitorais, certamente, inclusive com possíveis esquemas ilícitos de arrecadação de fundos. Entretanto, o posto máximo do Estado, aquele ocupado vitaliciamente e blindado pela hereditariedade contra as pretenções hegemônicas de qualquer espertalhão político, se mantém livre dessa desordem e, portanto, moralmente fortalecido para coibir excessos politicos ou policiais, mas sempre zelando pelos ritos sagrados da Justiça sem parecer conivente com o mal, assim como para exijir o cumprimento da Lei sem sofrer acusação de vingança. Esse o mérito insuperável das monarquias.

Paulo Barreto (adaptação Mauro Demarchi)

O HOMEM QUE RACHA O PODER
por Eliane Cantanhêde, na Folha

As pessoas comuns parecem unânimes contra Daniel Dantas, mas os poderes, os poderosos e os que se julgam poderosos se mostram furiosamente divididos em função dele e de sua prisão. No governo, José Dirceu era pró-Daniel Dantas, e o também ministro Luiz Gushiken, anti. E ambos eram do Conselho Político de Lula. Durma-se com um barulho desses. Desde então, a divisão pró e anti-Dantas avançou pelo PT, chegou aos Poderes -e alimenta e é alimentada por blogs ditos independentes. Comenta-se que há jornalistas se matando, uns a favor, outros contra o megabanqueiro baiano-carioca e tucano-petista. Diante das prisões dele, de sua irmã e de toda a cúpula do Opportunity, ao lado do ex-prefeito Celso Pitta e do eterno megainvestidor Naji Nahas (diz-me com quem andas…), as divisões explodem. A Polícia Federal e a Procuradoria decidem contra Daniel Dantas, e o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, a favor, vociferando contra a “espetacularização” da prisões. Dantas acabou dividindo a própria Justiça, que evoluiu num balé prende-e-solta. Num dia, manda prender. No seguinte, manda soltar. No terceiro dia, prende de novo. E o que foi mais espetacular: a prisão de Dantas ou a decisão de Mendes de soltá-lo? Enquanto isso, no Senado, Heráclito Fortes e Tasso Jereissati abrem o vozeirão para recriminar a prisão, e Pedro Simon faz caras, bocas e principalmente gestos em apoio à ação da PF. O próprio PT dividiu-se entre os com e os sem-jantares com Daniel Dantas. Uns não param de se justificar, os outros ficaram subitamente sem voz. Perdida como cego no tiroteio de ministros, delegados, juízes, blogueiros, tucanos e petistas, a senadora Ideli Salvatti teve um lampejo acaciano. Sabe por que Daniel Dantas divide o poder, os poderosos e os que se julgam poderosos? Porque é “o maior corruptor da história”. Simples assim.

Fonte:www.diegocasagrande.com.br/index.php?flavor=lerArtigo&id=80

Monarquia em Ação
Um grupo de amigos reunidos para divulgar, difundir, apoiar, os esforços de todos os brasileiros para restaurar a forma monárquica de governo.

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